A palavra filosofia vem do grego e significa que ama a sabedoria, Philo (que ama), Sophia (Sabedoria). O propósito desta disciplina é proporcionar uma visão crítica sobre um determinado assunto através da reflexão, portanto, para refletir é necessário se desvincular ou se afastar do senso comum e buscar o conhecimento verdadeiro; da mesma forma como os monges se afastam de tudo e todos para se encontrarem espiritualmente dentro de seus santuários no topo da colina e das sentinelas que protegiam os fortes na Idade Média.
A Filosofia é a soma completa de todos os pensamentos e é o ponto de partida das demais ciências. A coruja é o símbolo da Filosofia devido sua ampla visão e possibilidade de enxergar onde outros não conseguem, no escuro.
Será tomada como base a Filosofia da Grécia porque ela é o maior centro de conhecimento do mundo ocidental, ou seja, ela começa criticando o que ela não sabe para descobrir, por exemplo, criação do fogo, mumificação dos faraós, etc.
O gráfico abaixo representa como o processo de questionamento ocorre na Filosofia:
Um grande filósofo que viveu no século V antes de Cristo e conhecido pela célebre frase "Eu só sei que nada sei" é o filósofo Sócrates. A importância dele é tão grande que ele é considerado um divisor de águas na Filosofia, existe o período Pré-Socrates, que são os filósofos que viveram antes de Sócrates, e o período Sócrates. Antes de entrar em detalhes sobre os ensinamentos de Sócrates, veremos a era Pré Socrates.
Período Pré-Socrático
Final do século VII ao final do século V antes de cristo. Este período é também conhecido por período
Cosmológico. Os filósofos desta época se preocupavam em buscar explicação racional e sistemática sobre a origem e a transformação da natureza, incluindo os seres humanos como parte dela, de forma que conseguindo explicar a natureza, a Filosofia explicaria a origem e mudanças dos seres humanos.
Eles negam que o mundo tenha surgido do nada, por isso diz: "Nada vem do nada e volta para o nada". Esta frase significa:
a) que o mundo ou a natureza é eterno
b) que no mundo, ou na Natureza, tudo se transforma em outra coisa sem jamais desaparecer, embora uma coisa particular que uma coisa possua desapareça com ela, mas não a sua matéria.
A mudança - nascer, morrer, mudar de qualidade ou de quantidade - chama-se movimento e o mundo está em movimento permanente.
O movimento do mundo chama-se devir (vir a ser, transformar-se, tornar-se, metamorfosear-se) e segue leis rigorosas que o pensamento conhece, que mostram que toda mudança é passagem de um estado ao seu contrário: dia-noite, claro-escuro, cheio-vazio, um-muitos, etc., e também no sentido inverso, noite-dia. O devir é, portanto, a passagem contínua de uma coisa ao seu estado contrário. Uma passagem que não é caótica. Obedece a leis determinadas pela physis (em grego, physis = fazer surgir, fazer brotar, fazer nascer, produzir) ou pelo princípio fundamental do mundo.
Os filósofos deste período se preocupam quase que exclusivamente com os problemas cosmológicos
e estudar esses elementos na origem e nas suas contínuas mudanças é a grande questão deste período.
e estudar esses elementos na origem e nas suas contínuas mudanças é a grande questão deste período.
Criou-se 4 escolas, e nelas os seus principais filósofos:
1. Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;
2. Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
3. Escola Eleata: Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia;
4. Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
Características
Tales dizia que o princípio era a água ou o úmido;
Anaximandro considerava que era o ilimitado sem qualidades definidas;
Anaxímenes, que era o ar ou o frio;
Heráclito afirmou que era o fogo;
Leucipo e Demócrito disseram que eram os átomos.
Periódo Socrático
Problemas metafísicos. Foi o período mais importante da história do pensamento grego (Sócrates, Platão, Aristóteles). Existe o interesse pelo espírito e juntamente com o interesse pela natureza são construidos os maiores sistemas filosóficos.
Sócrates - Pequena Biografia
Socrates foi um homem que se dedicou inteiramente a meditação e ao ensino filosófico, sem recompensa alguma. Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre modelo irrepreensível de bom cidadão; foi autoditada e alcançou alta cultura ateniense na época. É considerado o patrono da Filosofia. Apesar de ter sido um valioso soldado, manteve-se afastado da vida pública e da política contemporânea na medida em que estas não se coadunavam (incorporar, combinar-se, conformar-se) com a postura crítica e ética que defendia. Acreditava que ao formar cidadãos sábios, honestos, daria a pátria uma contribuição de valor singular.
Propunha que, antes de querer conhecer a Natureza e persuadir os outros, cada um deveria conhecer-se a si mesmo. A expressão “conhece-te a ti mesmo” que estava gravada no pórtico do templo de Apolo, patrono grego da sabedoria, tornou-se a divisa de Sócrates. Por fazer do autoconhecimento a condição de todos os outros conhecimentos verdadeiros, diz-se que o período socrático é antropológico, isto é, voltado para o conhecimento do homem, particularmente de seu espírito e de sua capacidade para conhecer a verdade.
Métodos socráticos de raciocionio.
São 5 passos para se desenvolver uma boa ideia.
Primeiro: procure afirmações definidas como senso comum. ex: Os melhores empregos têm os melhores salários. A felicidade vem do casamento.
Segundo: Encontre exceções. É possivel ser casado e ser feliz? Ou ter um alto salario e ser desafortunado?
Terceiro: Se houver uma exceção, a afirmação deve ser falsa ou imprecisa. Nos exemplos acima, percebemos uma imprecisão.
Quarto: tente mudar a afirmação de forma a considerar a exceção. Ex: Sabemos que que é possível ser infeliz num trabalho bem remunerado porém desinteressante. Ou ser infeliz casando-se com a pessoa errada.
Quinto e último: continue com este processo. Busque execeções às afirmações de senso comum.
Sócrates dizia que a verdade até onde se pode compreendê-la, está na afirmação que não pode ser refutada.
A vida sem reflexão não vale a pena ser vivida.
Primeiro: procure afirmações definidas como senso comum. ex: Os melhores empregos têm os melhores salários. A felicidade vem do casamento.
Segundo: Encontre exceções. É possivel ser casado e ser feliz? Ou ter um alto salario e ser desafortunado?
Terceiro: Se houver uma exceção, a afirmação deve ser falsa ou imprecisa. Nos exemplos acima, percebemos uma imprecisão.
Quarto: tente mudar a afirmação de forma a considerar a exceção. Ex: Sabemos que que é possível ser infeliz num trabalho bem remunerado porém desinteressante. Ou ser infeliz casando-se com a pessoa errada.
Quinto e último: continue com este processo. Busque execeções às afirmações de senso comum.
Sócrates dizia que a verdade até onde se pode compreendê-la, está na afirmação que não pode ser refutada.
A vida sem reflexão não vale a pena ser vivida.
Sofistas
Os sofistas - primeiros filósofos do período socrático - adotavam essa educação, substituindo a educação antiga dos poetas. Os sofistas mais importantes foram: Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas.
A palavra sofista deriva do grego sophistés, com o sentido original de habilidade específica em algum setor, ou homem que detém um determinado saber (do grego sóphos, «saber, sabedoria»).
A partir do século V a.C. surgiram os professores itinerantes de gramática, eloquência e retórica, que ofereciam seus conhecimentos para educar os jovens na prática do debate público. A educação tradicional era insuficiente para preparar o cidadão para a discussão política. Era preciso o domínio da linguagem e de flexibilidade e agudeza dialética para derrotar os adversários.
Apresentavam-se como mestres de oratória ou de retórica, afirmando ser possível ensinar aos jovens tal arte para que fossem bons cidadãos. Diziam que os ensinamentos dos filósofos cosmologistas estavam repletos de erros e contradições e que não tinham utilidade para a vida da polis. O êxito desses tutores foi extraordinário. Passaram a ser então designados de sofistas, sábios capazes de elaborar discursos fascinantes, com intenso poder de persuasão.
Os sofistas - primeiros filósofos do período socrático - adotavam essa educação, substituindo a educação antiga dos poetas. Os sofistas mais importantes foram: Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas.
A palavra sofista deriva do grego sophistés, com o sentido original de habilidade específica em algum setor, ou homem que detém um determinado saber (do grego sóphos, «saber, sabedoria»).
A partir do século V a.C. surgiram os professores itinerantes de gramática, eloquência e retórica, que ofereciam seus conhecimentos para educar os jovens na prática do debate público. A educação tradicional era insuficiente para preparar o cidadão para a discussão política. Era preciso o domínio da linguagem e de flexibilidade e agudeza dialética para derrotar os adversários.
Apresentavam-se como mestres de oratória ou de retórica, afirmando ser possível ensinar aos jovens tal arte para que fossem bons cidadãos. Diziam que os ensinamentos dos filósofos cosmologistas estavam repletos de erros e contradições e que não tinham utilidade para a vida da polis. O êxito desses tutores foi extraordinário. Passaram a ser então designados de sofistas, sábios capazes de elaborar discursos fascinantes, com intenso poder de persuasão.
Criticas de Sócrates aos Sofistas
Os sofistas tinham a habilidade de pronunciar um discurso justo e injusto sobre o mesmo tema. No caso de um homicídio, por exemplo, o sofista poderia argumentar com igual brilhantismo como advogado de defesa e como promotor de acusação, ou seja, os Sofistas aceitam a validade das opniões e das percepções sensoriais e trabalham com elas para produzir argumentos de persuasão. Sócrates considerava a validade das opniões sensoriais ou imagens das coisas como fonte de erro , mentira e falsidade, formas imperfeitas do conhecimento que nunca alcançam a verdade plena das realidade.
Sócrates - Perigo para Atenas
As perguntas de Sócrates tocavam idéias, valores, práticas e comportamentos que os atenienses julgavam certos e verdadeiros em si mesmos e por si mesmos. Suscitaram dúvidas, porque os fizeram pensar não só sobre si mesmos, mas também sobre a polis. Assumia atitude de aprender com seu interlocutor, multiplicando perguntas até que este se deparasse com sua própria ignorância. Temos aí a ironia socrática. Por meio de perguntas, conduzia-o, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito, uma definição geral do objeto em questão. Em memória de sua mãe que era parteira, Sócrates deu a este processo pedagógico o nome de maiêutica, na medida em que ele provocava seus interlocutores de modo que as idéias neles e deles pudessem aflorar. Considerando que o poder é mais forte se ninguém pensar, se todos aceitarem as coisas como estas lhes são apresentadas e não necessariamente como são na realidade, Sócrates tornou-se um perigo em Atenas, pois fizera a juventude pensar.
Platão
Platão foi discípulo de Sócrates. Tinha temperamento artístico e dialético, era filho de aristocratas. Platão dedicou-se inteiramente a especulação metafísica e cosmológico (ou seja a própria realidade), ensino filosófico e redação das suas obras.
Para Platão, o espírito humano é um mero prisioneiro na caverna do corpo. Será preciso transpor este mundo e libertar-se do corpo para realizar o seu fim, isto é, chegar à contemplação do inteligível, para o qual é atraído por um amor nostálgico, pelo eros platônico.
Platão dizia que a busca é movida pela necessidade de alcançar o conhecimento da verdadeira natureza das coisas, a essência das coisas, não se trata de compreender as coisas sensíveis, mas a realidade abstrata e essêncial. Para Platão, o homem vive em dois mundos, um é o mundo da realidade aparente que o homem lida com as coisas sensíveis lidando com as opniões, crenças que geram imperfeição e imprecisão; e o mundo da realidade verdadeira onde o homem entra em contato com a verdade, sendo a alma o veículo para acessar o conhecimento verdadeiro.
O inatismo afirma que nascemos trazendo em nossa inteligência não só os princípios racionais, mas também algumas idéias verdadeiras, que, por isso, são idéias inatas. Platão defende a tese do inatismo da razão ou das idéias verdadeiras em várias de suas obras, mas as passagens mais conhecidas se encontram nos diálogos Mênon e A República. Em Mênon, Sócrates ao fazer perguntas a um jovem escravo analfabeto, observa que ele demonstra sozinho um difícil teorema de Pitágoras. Verdades matemáticas surgem em reposta às perguntas de Sócrates que vai raciocinando com ele.
Para Platão, se o escravo não houvesse nascido com a razão e com os princípios da racionalidade isso não teria acontecido? O escravo não poderia ter adquirido esse conhecimento por experiência, pois jamais ouvira falar de geometria.
Em A República, Platão desenvolve a teoria à qual se mencionara em Mênon: a teoria da reminiscência. Nascemos com a razão e as idéias verdadeiras, e a Filosofia nada mais faz do que nos relembrar essas idéias.
Para Platão, o espírito humano é um mero prisioneiro na caverna do corpo. Será preciso transpor este mundo e libertar-se do corpo para realizar o seu fim, isto é, chegar à contemplação do inteligível, para o qual é atraído por um amor nostálgico, pelo eros platônico.
Platão dizia que a busca é movida pela necessidade de alcançar o conhecimento da verdadeira natureza das coisas, a essência das coisas, não se trata de compreender as coisas sensíveis, mas a realidade abstrata e essêncial. Para Platão, o homem vive em dois mundos, um é o mundo da realidade aparente que o homem lida com as coisas sensíveis lidando com as opniões, crenças que geram imperfeição e imprecisão; e o mundo da realidade verdadeira onde o homem entra em contato com a verdade, sendo a alma o veículo para acessar o conhecimento verdadeiro.
O inatismo afirma que nascemos trazendo em nossa inteligência não só os princípios racionais, mas também algumas idéias verdadeiras, que, por isso, são idéias inatas. Platão defende a tese do inatismo da razão ou das idéias verdadeiras em várias de suas obras, mas as passagens mais conhecidas se encontram nos diálogos Mênon e A República. Em Mênon, Sócrates ao fazer perguntas a um jovem escravo analfabeto, observa que ele demonstra sozinho um difícil teorema de Pitágoras. Verdades matemáticas surgem em reposta às perguntas de Sócrates que vai raciocinando com ele.
Para Platão, se o escravo não houvesse nascido com a razão e com os princípios da racionalidade isso não teria acontecido? O escravo não poderia ter adquirido esse conhecimento por experiência, pois jamais ouvira falar de geometria.
Em A República, Platão desenvolve a teoria à qual se mencionara em Mênon: a teoria da reminiscência. Nascemos com a razão e as idéias verdadeiras, e a Filosofia nada mais faz do que nos relembrar essas idéias.
A teoria da Reminiscência
A teoria da reminiscencia diz que os seres nascem com a razão e as idéias verdadeiras e a Filosofia nada mais faz do que nos relembrar essas idéias. O mito de Er conta a teoria da reminiscência.
O pastor Er, da região da Panfília, morreu e foi levado para o Reino dos Mortos. Ali chegando, encontra as almas dos heróis gregos, de governantes, de artistas, de seus antepassados e amigos. Ali, as almas contemplam a verdade e possuem o conhecimento verdadeiro.
Er fica sabendo que todas as almas renascem em outras vidas para se purificarem de seus erros passados até que não precisem mais voltar à Terra, permanecendo na eternidade. No caminho de retorno à Terra, as almas atravessam uma grande planície por onde corre um rio, o Lethé (que, em grego, quer dizer esquecimento), e bebem de suas águas. As que bebem muito esquecem toda a verdade que contemplaram; as bebem pouco quase não se esquecem do que conheceram.
Aqueles que escolheram vidas de rei, de guerreiro ou de comerciante rico são as que mais bebem das águas do esquecimento; outros, que escolheram a sabedoria, são as que menos bebem. Assim, as primeiras dificilmente se lembrarão, na nova vida, da verdade que conheceram, enquanto as outras serão capazes de lembrar e ter sabedoria, usando a razão.
Conhecer é recordar a verdade que já existe em nós; é despertar a razão para que ela se exerça por si mesma, segundo Platão.
Sócrates fazia perguntas às pessoas para que elas pudessem lembrar-se da verdade e do uso da razão.
Platão considerava que o fato de nascermos com a razão e com a verdade é essencial para distinguirmos se nos encontramos diante de uma idéia verdadeira ao encontrá-la.
Aristóteles
O pastor Er, da região da Panfília, morreu e foi levado para o Reino dos Mortos. Ali chegando, encontra as almas dos heróis gregos, de governantes, de artistas, de seus antepassados e amigos. Ali, as almas contemplam a verdade e possuem o conhecimento verdadeiro.
Er fica sabendo que todas as almas renascem em outras vidas para se purificarem de seus erros passados até que não precisem mais voltar à Terra, permanecendo na eternidade. No caminho de retorno à Terra, as almas atravessam uma grande planície por onde corre um rio, o Lethé (que, em grego, quer dizer esquecimento), e bebem de suas águas. As que bebem muito esquecem toda a verdade que contemplaram; as bebem pouco quase não se esquecem do que conheceram.
Aqueles que escolheram vidas de rei, de guerreiro ou de comerciante rico são as que mais bebem das águas do esquecimento; outros, que escolheram a sabedoria, são as que menos bebem. Assim, as primeiras dificilmente se lembrarão, na nova vida, da verdade que conheceram, enquanto as outras serão capazes de lembrar e ter sabedoria, usando a razão.
Conhecer é recordar a verdade que já existe em nós; é despertar a razão para que ela se exerça por si mesma, segundo Platão.
Sócrates fazia perguntas às pessoas para que elas pudessem lembrar-se da verdade e do uso da razão.
Platão considerava que o fato de nascermos com a razão e com a verdade é essencial para distinguirmos se nos encontramos diante de uma idéia verdadeira ao encontrá-la.
Aristóteles
Aristóteles foi um homem de cultura, dedicado aos estudos e a pesquisas, que acabaram isolando-se da vida prática, social e política. A atividade literária de Aristóteles foi vasta e intensa.
Aristóteles diverge profundamente de Platão quanto à sua teoria do conhecimento.
"Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos”.
Conhecer é perceber o que acontece sempre ou freqüentemente.
A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo critérios.
Aristóteles apresenta uma verdadeira enciclopédia de todo o saber que foi produzido e acumulado pelos
gregos em todos os ramos do pensamento e da prática considerando essa totalidade de saberes como sendo a Filosofia.
Escreveu com admirável propriedade todos os conhecimentos anteriores e acrescentou-lhes o trabalho próprio, fruto de muita observação e de profundas meditações. Escreveu sobre todas as ciências, constituindo algumas desde os primeiros fundamentos, organizando outras em corpo coerente de doutrinas e sobre todas espalhando as luzes de sua admirável inteligência.
Aristóteles diverge profundamente de Platão quanto à sua teoria do conhecimento.
"Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos”.
Conhecer é perceber o que acontece sempre ou freqüentemente.
A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo critérios.
Aristóteles apresenta uma verdadeira enciclopédia de todo o saber que foi produzido e acumulado pelos
gregos em todos os ramos do pensamento e da prática considerando essa totalidade de saberes como sendo a Filosofia.
Escreveu com admirável propriedade todos os conhecimentos anteriores e acrescentou-lhes o trabalho próprio, fruto de muita observação e de profundas meditações. Escreveu sobre todas as ciências, constituindo algumas desde os primeiros fundamentos, organizando outras em corpo coerente de doutrinas e sobre todas espalhando as luzes de sua admirável inteligência.
O INATISMO CARTASIANO
Descarte mostra que nosso espírito possui três tipos de idéias que se diferenciam segundo sua origem e qualidade:
1. Idéias adventícias: vindas de fora – têm origem em nossas sensações, percepções, lembranças; em nossa experiência sensorial ou sensível das coisas a que se referem. São nossas idéias cotidianas e costumeiras, geralmente enganosas ou falsas, isto não corresponde à realidade das próprias coisas.
Ex. O galho da árvore sobre à luz reflete na parede uma mão.
2. Idéias fictícias: são aquelas que criamos em nossa fantasia e imaginação, compondo seres inexistentes com pedaços ou partes de idéias adventícias que estão em nossa memória.
Ex. cavalo alado, fadas, elfos, duendes, dragões, Super-Homem, etc.
3. Idéias inatas: são aquelas que não poderiam vir de nossa experiência sensorial porque não há objetos sensoriais ou sensíveis para elas.
Ex. a idéia de infinito (pois não temos qualquer experiência do infinito).
Sobre as idéias inatas, Descarte afirma que:
são “a assinatura do Criador” no espírito das criaturas racionais, e a razão é a luz natural inata que nos permite conhecer a verdade.
são colocadas em nosso espírito por Deus, serão sempre verdadeiras, isto é, sempre corresponderão integralmente às coisas a que se referem, e, graças a elas, podemos julgar quando uma idéia adventícia é verdadeira ou falsa e saber que as idéias fictícias são sempre falsas (ou seja, não correspondem a nada fora de nós).
O EMPIRISMO
Contrariamente aos defensores do inatismo, os defensores do empirismo afirmam que a razão, a verdade e as idéias racionais são adquiridas por nós através da experiência. Antes da experiência, dizem eles, nossa razão é como uma “folha em branco”, onde nada foi escrito; uma “tábula rasa”, onde nada foi gravado. Somos como uma cera sem forma e sem nada impresso nela, até que a experiência venha escrever na folha, gravar na tábula, dar forma à cera.
QUE DIZEM OS EMPIRISTAS?
Nossos conhecimentos começam com a experiência dos sentidos, isto é, com as sensações. Os objetos exteriores excitam nossos órgãos dos sentidos e vemos cores, sentimos sabores e odores, ouvimos sons, sentimos a diferença entre o áspero e o liso, o quente e o frio, etc
Túlio Cícero
Nasceu em Arpino em 106 a.C, filho de uma antiga familia da classe do campo equestre. Ele foi o considerado o primeiro romano que chegou ao governo através de sua eloquência. O senador e jurista Múcio Cévola foi responsável por ensinar as leis e as instituições políticas de Roma.
Cícero se mantia neutro na luta político, tentava agradar tanto o partido senatorial quanto César, porém, não conseguia agradar nenhum deles devido sua imparcialidade.
Ele se mantinha mais perto de Pompeu e do partido senatorial, do que de César e do partido popular e muito timidamente decidiu apoiar o campo senatorial.
Após a batalha de Farsalia (48 a.c), com a fuga de Pompeu e posteriormente sua morte no Egito, Cícero regressou a Roma e passou então a dedicar-se integralmente à filosofia e literatura.
Cícero estudou em Atenas e desde jovem cultivou interesse pela Filosofia. Ocupou a posição de senador e chegou a ser uma figura de destaque na política romana, porém a perseguição política que sofreu com a política despótica de Julio César o afastou do centro político romano, o que levou a buscar a filosofia, sobretudo no exílio.
Obras:
Sobre os Fins, Controvérsias Tusculanas e Sobre os Deveres – versam sobre problemas éticos;
Os Tópicos e Os Académicos - abordam questões lógicas; A Natureza dos Deuses, Sobre a Arte Adivinhatória e Sobre o Destino – tratam de temas da física.
A República e Sobre as Leis.
Para Cícero, a verdade estaria naquilo que pode ser aceito por todos. As razões dessa posição são colocadas menos num plano puramente lógico do que no terreno das necessidades práticas do homem. Para Cícero, o problema do conhecimento não pode ser solucionado exclusivamente em sua estrutura interna.
Cícero adere às doutrinas estóicas sem, entretanto, aceitar todo o rigor da concepção segundo a qual o exercício da virtude basta-se a si mesmo e consiste na conformidade da conduta humana às leis racionais da natureza. Aceita essas idéias, mas exige que tais normas sejam validadas pelo consenso universal. Esse consenso universal articula-se em torno de algumas idéias que dão fundamento à vida moral e social, principalmente a da existência de Deus e sua providência. Tais noções seriam comprovadas pela consciência natural dos homens e pela constatação de que na natureza os fenômenos organizam-se em torno de fins, os quais supõem a existência de um fim último de todas as coisas. Outra idéia com a mesma função de fundamentar a vida social e moral é a da essência espiritual e divina da alma e sua imortalidade. Essa idéia encontrar-se confirmada na preocupação do homem com sua vida futura.
Santo Agostinho
Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho, nasceu na região norte da África em 354, na cidade de Tagasta. Era filho de um pagão que mais tarde virou patrício (pessoa aristocrata em Roma) e de uma mãe cristã fervorosa.
Na juventude, nem sempre foi cristão; Santo Agostinho,passou por outras religiões, como a do Manequismo (continha uma visão dualista radical, bem e mal são tomados como princípios absolutos), não gostava de ler a Bíblia e a considerava vulgar. Ele teve um caso de amor que resultou em um filho que faleceu na adolescência.
Santo Agostinho ensinou retórica nas cidades italianas de Roma e Milão. Em Milão teve contato com o neoplatonismo cristão (foi muito influenciado pelos estóicos e pelos pensamentos de Platão).
Se converteu para o cristianismo após conhecer a palavra do apóstolo Paulo e foi batizado aos 32 anos.
Fundou uma comunidade monástica, que fundamentava racionalmente a fé. Mostrou que, sem a fé, a razão não é capaz de levar à felicidade. A razão, para Agostinho serve de auxilio a fé, deixando-a inteligível aquilo que intuímos. Ele tinha tomado contato com o pensamento neoplatônico onde a natureza humana contém parte da essência divina. Demonstrou que há limites para a racionalidade. Virou vigário aos trinta e seis anos, praticando a vida ascética
Santo Agostinho escreveu Contra os Acadêmicos, direcionado à filosofia cética e expôs a teoria de que os sentidos dizem algo verdadeiro. O erro provém do juízo que fazemos das sensações, e não delas próprias. A sensação não é falsa, o que é falso é querer ver nelas uma verdade externa ao próprio sujeito. Virou Bispo de Hipona.
Agostinho ficou conhecido por “cristianizar” Platão, fazendo vários paralelos entre a parte espiritualista dele (que diz existir um mundo transcendente) e as Sagradas Escrituras. Faz a distinção entre o corpo, sujeito à sorte do mundo, e a alma, que é atemporal, e com a qual se pode conhecer Deus. Antes de Deus ter criado o mundo a partir do nada as Idéias eternas já existiam na sua mente. Deus é a bondade pura. Ele já conhece o que uma pessoa vai viver antes dela viver. Assim, apesar da humanidade ter sido amaldiçoada depois do pecado original, alguns alcançarão a verdade divina, a salvação. Isso depende do uso que fazemos do livre arbítrio, a faculdade que o indivíduo tem de determinar de acordo com a sua própria consciência a sua conduta, livre da Divina Providência, enquanto está vivo. Seria o ato livre de decisão, de opção. Durante um diálogo, Agostinho chega a conclusão que o mal não provém de Deus, mas sim do mau uso do livre arbítrio. De fato, para ele não existe mal, apenas a ausência de Deus. (com isso ele refuta de vez a doutrina dos maniqueus).
Santo Agostinho morreu durante um ataque dos bárbaros em 28 de agosto de 420.
Algumas obras de Santo Agostinho:
- Da Doutrina Cristã (397-426)
- Confissões (397-398)
- A Cidade de Deus (413-426)
- Da Trindade (400-416)
- Retratações
- De Magistro
- Conhecendo a si mesmo
Frases e Pensamentos do Santo Agostinho:
1 - "Se dois amigos pedirem para você julgar uma disputa, não aceite, pois você irá perder um amigo. Porém, se dois estranhos pedirem a mesma coisa, aceite, pois você irá ganhar um amigo."
2 - "Certamente estamos na mesma categoria das bestas; toda ação da vida animal diz respeito a buscar o prazer e evitar a dor."
3 - "Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é nos evangelhos que você crê, mas em você."
4 - "Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita."
5 - "A pessoa que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar."
6 - "A confissão das más ações é o passo inicial para a prática de boas ações."
7 - "Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio."
São Tomas de Aquino
Viveu no século XIII (1225 a 1274). Criou a doutrina chamada Tomismo, é invocada por todos os filósofos, independente da confissão religiosa ou agnosticismo.
O tomismo pode ser considerado a doutrina filosófica mais influente dentro da Igreja Católica. Ela foi adotada oficialmente pela Igreja Catolica e que se caracteriza sobretudo pela tentativa de conciliar o aristotelismo com o cristianismo. Procurando assim, integrar o pensamento aristotelico e neoplatonico, aos textos das Sagradas Escrituras. A maior contribuição tomista para o pensamento jurídico do mundo moderno foi a convincente elaboração do Direito Natural. Surge uma nova teoria do direito natural. As concepções precedentes são as de Sócrates, para quem o direito positivo se confundia com o direito natural. Sócrates afirmava que as leis da cidade são sagradas. A concepção cristã será a da existência de regras impostas por Deus no coração dos homens. A lei eterna é abrangente e prima pela completude. Parte dela foi revelada à humanidade pelo próprio Deus ou pela Igreja. É a chamada lei divina. Outra parte está na consciência da criatura, criada à imagem e semelhança de Deus, com partícula de um DNA do criador. Esse direito intuitivo, que o homem vai procurar em sua consciência, embora ninguém tenha ensinado a ele – não matar, não se apropriar de coisas alheias, alimentar o faminto, socorrer quem está em perigo, ajudar a criança, o enfermo e o idoso – é justamente o Direito Natural.
Muito abaixo dessa tríplice categoria – lei eterna, lei divina e lei natural – vem a lei positiva. Que não pode se afastar dos princípios das três espécies anteriores. Por isso é que não há obrigação alguma para o ser humano em obedecer ao direito positivo, quando ele se opõe às leis eternas, divinas ou naturais.
O legislador é livre de adotar as disposições que ele queira, nos domínios em que a lei divina não se pronunciou. A lei divina não se preocuparia, por exemplo, com os sinais de trânsito[2]. Mas onde exista regras divinas, o legislador deve se conformar e reproduzir a norma outorgada. Se ele o não fizer, é legítima a recusa à observância.
Tomás de Aquino é mais ortodoxo, para certos teólogos, do que Agostinho. Para os não crentes, a história das doutrinas filosóficas no catolicismo pode ser explicada, em grande parte, pelo resultado da rivalidade entre as diferentes ordens religiosas. Enquanto Tomás se tornou representante do pensamento oficial dos dominicanos e, mais tarde, dos jesuítas, Agostinho inspirou o pensamento franciscano.
Para Agostinho, as virtudes teologais constituíam o fundamento das virtudes cardeais ou filosóficas. Para Santo Tomás, ao contrário, estas possuem existência própria e podem se manifestar até mesmo entre os pagãos.
Viveu no século XIII (1225 a 1274). Criou a doutrina chamada Tomismo, é invocada por todos os filósofos, independente da confissão religiosa ou agnosticismo.
O tomismo pode ser considerado a doutrina filosófica mais influente dentro da Igreja Católica. Ela foi adotada oficialmente pela Igreja Catolica e que se caracteriza sobretudo pela tentativa de conciliar o aristotelismo com o cristianismo. Procurando assim, integrar o pensamento aristotelico e neoplatonico, aos textos das Sagradas Escrituras. A maior contribuição tomista para o pensamento jurídico do mundo moderno foi a convincente elaboração do Direito Natural. Surge uma nova teoria do direito natural. As concepções precedentes são as de Sócrates, para quem o direito positivo se confundia com o direito natural. Sócrates afirmava que as leis da cidade são sagradas. A concepção cristã será a da existência de regras impostas por Deus no coração dos homens. A lei eterna é abrangente e prima pela completude. Parte dela foi revelada à humanidade pelo próprio Deus ou pela Igreja. É a chamada lei divina. Outra parte está na consciência da criatura, criada à imagem e semelhança de Deus, com partícula de um DNA do criador. Esse direito intuitivo, que o homem vai procurar em sua consciência, embora ninguém tenha ensinado a ele – não matar, não se apropriar de coisas alheias, alimentar o faminto, socorrer quem está em perigo, ajudar a criança, o enfermo e o idoso – é justamente o Direito Natural.
Muito abaixo dessa tríplice categoria – lei eterna, lei divina e lei natural – vem a lei positiva. Que não pode se afastar dos princípios das três espécies anteriores. Por isso é que não há obrigação alguma para o ser humano em obedecer ao direito positivo, quando ele se opõe às leis eternas, divinas ou naturais.
O legislador é livre de adotar as disposições que ele queira, nos domínios em que a lei divina não se pronunciou. A lei divina não se preocuparia, por exemplo, com os sinais de trânsito[2]. Mas onde exista regras divinas, o legislador deve se conformar e reproduzir a norma outorgada. Se ele o não fizer, é legítima a recusa à observância.
Tomás de Aquino é mais ortodoxo, para certos teólogos, do que Agostinho. Para os não crentes, a história das doutrinas filosóficas no catolicismo pode ser explicada, em grande parte, pelo resultado da rivalidade entre as diferentes ordens religiosas. Enquanto Tomás se tornou representante do pensamento oficial dos dominicanos e, mais tarde, dos jesuítas, Agostinho inspirou o pensamento franciscano.
Para Agostinho, as virtudes teologais constituíam o fundamento das virtudes cardeais ou filosóficas. Para Santo Tomás, ao contrário, estas possuem existência própria e podem se manifestar até mesmo entre os pagãos.
Emmanuel Kant
Kant se impressionou com os escritos de Rousseau, notadamente o livro IV de Emílio. Desenvolveu a idéia rousseauniana de que a moral é assunto do coração e não da inteligência. A moralidade não pode ser privilégio do sábio, pois não é preciso conhecer as leis da natureza para que alguém se disponha a atuar como um ser moral. Todos os homens, independentemente de sua escolaridade ou erudição, foram chamados a uma vida impregnada de moralidade. Não há ser humano provido de discernimento incapaz de desconhecer o seu dever.
A concepcao humana de moral não pode depender unicamente da experiência. Ela deve tamvém se alicerçar sobre um julgamento sintético a priori, que será um julgamento pratico.
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